Este GP do Brasil foi o penúltimo do modelo 312B2.
Nesse ano os 3 primeiros GPs até que foram bons para a Ferrari. Usando o 312B2 (este da foto do post), Jacky Ickx e Arturo Merzario conseguiram três 4os lugares e um 5o lugar, além de um 9o e apenas um abandono (apenas as seis primeiras colocações marcavam pontos).
A partir da quarta etapa a Ferrari passa a usar a nova 312B3... e foi um desastre!
A situação estava tão crítica - igual ou pior aos dias de hoje? - que a segunda metade da temporada viu a Ferrari não comparecer a dois GPs (Holanda e Alemanha) para tentar remendar os furos da B3... Na Alemanha, Ickx recebe a licença de Maranello para correr pela McLaren. Resultado: 3o. lugar!
Em vários GPs apenas um piloto participou; na maioria das vezes Ickx (que se vai após o GP da Itália). Merzario termina a temporada pela Ferrari sem grandes resultados.
Teria sido mais fácil aposentar a 312B3 e esticar um pouquinho mais a vida do belo "último charutinho" Ferrari, a 312B2.
Mas dá para entender a teimosia da Ferrari. O modelo 312B2 representa o fim dos "charutinhos", já incorporando um pouco a tendência ao estilo 'cunha' introduzido pela Lotus 72 em 1970. E bom lembrar que a 'famiglia' 312 nasceu no longínquo 1966.
E a 312B3 já dá o pontapé para a "cunhalização" da Ferrari. O ano de 1973 é pífio, mas com as modificações introduzidas ao modelo, a Ferrari é vice de pilotos e construtores em 1974.
Em 1975 começa a 'Dinastia T'... mas aí já é outra história...
Essa hist´roia ricamente descrita pelo Breder é importante: a Ferrari passou por uma fase terrível e 1973 foi o fundo do poço.
Aí veio 1974...
Interessante é que quem, como eu, viu o Gp do Brasil de 1973, não viu a B3 original *devia ser mais bonita que a B2. E quem viu o Gp do Brasil de 1974 não viu a versão com que Lauda ganhou o Gp da Espanha de 1974. É porque os carros do começo da temporada (Brasil e Argentina eram corridas de janeiro / fevereiro) eram os do ano anterior e, geralmente, os novos modelos eram lançados no Gp da Espanha (primeiro GP da temporada europeia).
p.s. verdade, os boxes eram estranhos e só se entrava neles pelos fundos; à frente havia uma mureta, como dá para ver na foto.
6 comentários:
Caramba, que foto!
O ano é 1973, primeira vez que Tyrrell, McLaren e Ferrari (carros da foto) andam em Interlagos.
O dia deve ser 6a feira, pois as arquibancadas estão às moscas.
No domingo, Emerson vence; eu estava na Curva Um, sentado numa pilha de dormentes. Foi um delírio.
Havia ainda Wilson Fittipaldi, Carlos Pace e Luiz Pereira Bueno (num Surtees alugado).
Graaande farra assistir um Gp daqueles tempos, ao vivo.
Naquela época, as boxes pareciam um galinheiro.
Já esses Ferrari, eram bem bonitos. Belas maquinas.
Abraço
visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/
Este GP do Brasil foi o penúltimo do modelo 312B2.
Nesse ano os 3 primeiros GPs até que foram bons para a Ferrari. Usando o 312B2 (este da foto do post), Jacky Ickx e Arturo Merzario conseguiram três 4os lugares e um 5o lugar, além de um 9o e apenas um abandono (apenas as seis primeiras colocações marcavam pontos).
A partir da quarta etapa a Ferrari passa a usar a nova 312B3... e foi um desastre!
A situação estava tão crítica - igual ou pior aos dias de hoje? - que a segunda metade da temporada viu a Ferrari não comparecer a dois GPs (Holanda e Alemanha) para tentar remendar os furos da B3... Na Alemanha, Ickx recebe a licença de Maranello para correr pela McLaren. Resultado: 3o. lugar!
Em vários GPs apenas um piloto participou; na maioria das vezes Ickx (que se vai após o GP da Itália). Merzario termina a temporada pela Ferrari sem grandes resultados.
Teria sido mais fácil aposentar a 312B3 e esticar um pouquinho mais a vida do belo "último charutinho" Ferrari, a 312B2.
Mas dá para entender a teimosia da Ferrari. O modelo 312B2 representa o fim dos "charutinhos", já incorporando um pouco a tendência ao estilo 'cunha' introduzido pela Lotus 72 em 1970. E bom lembrar que a 'famiglia' 312 nasceu no longínquo 1966.
E a 312B3 já dá o pontapé para a "cunhalização" da Ferrari. O ano de 1973 é pífio, mas com as modificações introduzidas ao modelo, a Ferrari é vice de pilotos e construtores em 1974.
Em 1975 começa a 'Dinastia T'... mas aí já é outra história...
um abraço,
Renato Breder
linda essa imagem. os carros lado a lado. a ferrari bonita. e mais uma aula dos amigos. Luciano H. Guess
Essa hist´roia ricamente descrita pelo Breder é importante: a Ferrari passou por uma fase terrível e 1973 foi o fundo do poço.
Aí veio 1974...
Interessante é que quem, como eu, viu o Gp do Brasil de 1973, não viu a B3 original *devia ser mais bonita que a B2. E quem viu o Gp do Brasil de 1974 não viu a versão com que Lauda ganhou o Gp da Espanha de 1974. É porque os carros do começo da temporada (Brasil e Argentina eram corridas de janeiro / fevereiro) eram os do ano anterior e, geralmente, os novos modelos eram lançados no Gp da Espanha (primeiro GP da temporada europeia).
p.s. verdade, os boxes eram estranhos e só se entrava neles pelos fundos; à frente havia uma mureta, como dá para ver na foto.
Walter (e demais),
a B3 original era a 'limpa neve" (spazzaneve)... salvo engano, andou apenas em testes.
Aqui ela:
==>> https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/82/Ferrari_312_B3_Spazzaneve_-_Museo_Ferrari_%2818108395676%29_%28cropped%29.jpg
um abraço,
Renato Breder
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