terça-feira, 29 de setembro de 2020

Colorido...

Stefan Johansson (Moneytron Onyx Formula One) levando seu Onyx ORE-1 equipado como o motor Ford Cosworth DFR V8 3,5 ao 3º lugar no GP de Portugal disputado no circuito de Estoril - temporada de 1989.

O improvável também acontece...

4 comentários:

Anônimo disse...

Gosto das equipes nanicas...

Esta foto do post é do GP já citado pelo Walter no post "S x S". Aquele em que, já desqualificado da corrida (por ter dado 'macha-a-ré' no pitlane), Nigel Mansell fecha a porta numa tentativa de ultrapassagem do Senna e ambos acabam na caixa de brita...

Mas a personagem dessa corrida é a equipe Onyx e seu piloto, Stefan Johansson.

Comparando com os dias de hoje é como se uma Williams alcançasse o pódio. Talvez até mais que isso, uma vez que em 1989 eram 39 pilotos lutando por 30 vagas no 'qualifying' para então chegar entre os 26 que iam para a corrida.

A Onyx, como equipe novata, participava da pré-qualificação, que acontecia nas primeiras horas da Sexta-feira (lá pelas 7 da manhã). Nessa sessão 13 pilotos disputavam 4 vagas para continuar a participar das atividades do final de semana e, quem sabe do domingo.

Nas primeiras 8 etapas este grupo contava com as duas Brabham, as duas Osellas, uma das Dallara, uma das Coloni, a EuroBrun, as duas Zakspeed, as duas Onyx, uma das Rial e uma das AGS.

A partir da 9a etapa, o GP da Alemanha, há uma rearranjada no grupo da pré-qualificação (levando-se em conta o desempenho na primeira metade do campeonato). O grupo passa a contar com as duas Osellas, as duas Lolas, as duas Coloni, a EuroBrun, as duas Zakspeed, as duas Onyx e as duas AGS.

Das 16 etapas do campeonato, a Onyx teve pelo menos um carro em 12 delas. As quatro etapas em que a Onyx fechou a garagem mais cedo foram: Brasil, San Marino, Mônaco (as 3 primeiras do ano!) e Japão, a penúltima etapa. Bom resultado para uma equipe novata, pequena que disputava a pré-qualificação num dos maiores grids de todos os tempos. Com os dois carros na corrida foram 3 vezes: na França, Hungria e na Bélgica.

Chegar ao pódio em Portugal foi uma grande façanha, ajudada pela trapalhada do Mansell e a eliminação de Senna. Mas Johansson soube aproveitar a oportunidade quando ela apareceu.

E com o 5o lugar na França (2 pontos), mais o 3o em Portugal (mais 4 pontos), a Onyx acabou conseguindo se livrar da pre-qualificação para o ano seguinte.

Um início promissor. Mas o dinheiro acabou. A fonte, o tal do Moneytron (estampado na asa traseira), era um negócio sombrio e fadado ao fracasso. Em 1990, na metade da temporada, a equipe já estava vendida ao empresário suiço, Peter Monteverdi. Inclusive, para suas duas últimas corridas de F1, a equipe obteve permissão da FIA e trocou de nome. Passou a ser chamada Monteverdi. Tudo era exatamente a mesma coisa exceto uma mudança cromática: saiu o rosa e entrou o verde.

Antes mesmo de completar um ano da "façanha em Portugal" a equipe fechou as portas e saiu de cena. A partir do GP da Bélgica os carros azul e rosa... ops!... azul e verde não foram mais vistos.


um abraço,
Renato Breder

Anônimo disse...

essa corrida me lembro do mansell e senna se estranhando, pra variar. mas com certeza o johanson ficou pra la de feliz com esse pódio. o Renato detalhou muito bem pra varia. Luciano H. Guess

walter disse...

Eu ia comentar a variedade de cores e desenhos, mas o Breder colocou o foco no devido ponto: que história!

Eu não lembrava do detalhe do podium de Johanson, um grande feito, realmente digno de nota.

Paulo Moreira disse...

O GP de Portugal de 89 ficou marcado por essa manobra do Mansell, o que fez esquecer o 3º lugar da equipa Onyx.
O mesmo aconteceu em 91, quando o piloto britânico deixou a sua box, depois de trocar de pneus, e ainda no pit lane perdeu a roda traseira, sendo posteriormente desclassificado.

Abraço

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