quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A História do Prateado e do Dourado na F1 (3)...

por Renato Breder

Amigos, essa é a terceira parte, a década de 70...

1970 – 1979

1970

O dourado dos detalhes da pintura 'Gold Leaf' do Team Lotus ganhou companhia, nesse ano, com os detalhes, num dourado mais escuro e fosco, da pintura ‘Yardley’, nos carros da BRM.




E o prateado, enfim, deu as caras... Hubert Hahne participou das atividades do GP da Alemanha, numa ‘March 701’ toda prateada... Assim, nesse GP, um carro todo prateado e alguns com detalhes em dourado quase competiram juntos. É que Hahne não se qualificou ao GP...


1971

Continuaram os detalhes dourados da pintura 'Gold Leaf' do Team Lotus e os da pintura ‘Yardley’ do Team BRM.



Carro completamente dourado, apenas a Lotus 56B de Emerson Fittipaldi, com a turbina Pratt & Whitney, e apenas no GP da Itália.

E, novamente, uma ‘March 701’ totalmente prateada. Foi com Jean-Pierre Jarier, no mesmo GP da Itália em que a Lotus toda dourada apareceu....

Sendo assim, graças à mudança de cor da Lotus, esse foi o segundo GP em que, pelo menos, 1 carro prateado e 1 carro dourado competiram juntos.


1972

Para essa temporada, os detalhes dourados do Team Lotus ficaram bem menores na nova pintura ‘John Player Special’ (JPS), mas fizeram toda a diferença e os carros são sempre referenciados como ‘pretos & dourados’...


E a pintura ‘Yardley’ mudou de casa: deixou a BRM e foi para a McLaren... mas, os detalhes dourados diminuíram bastante, já não dá mais para considerá-los...


1973

Continuou o dourado minimalista da pintura ‘JPS’ do Team Lotus... e foi só.


1974

Dessa vez, apareceu um carro prateado: a ‘BRM P201’ de Jean-Pierre Beltoise, Henri Pescarolo, François Migault e Chris Amon... não completamente prateado, mas “meio a meio” prateado e esverdeado... E um carro dourado: a ‘Surtees TS16’ do finlandês Leo Kinnunen.

Apenas a partir da 3a etapa (África do Sul) surgiu a pintura verde-prateada das BRM, e a Surtees dourada apareceu apenas a partir da 5a etapa (Bélgica).

Ambos os carros estiveram juntos em 6 fins de semana de GP: Bélgica, Suécia, França, Grã-Bretanha, Áustria e Itália.

A única ocasião em que estiveram juntos, na corrida em si, foi no GP da Suécia, a terceira vez que isso ocorre: pelo menos 1 carro prateado e 1 carro dourado competindo juntos. Beltoise e Pescarolo pela BRM e Kinnunen pela Surtees.

Nos demais GPs, Kinnunen não se qualificou.


Além deles, a Lotus continuou com sua marcante pintura ‘JPS’... só que o dourado estava por demais esmaecido... ainda era dourado? Ou amarelo-palha?

1975

Nesse ano, um carro prateado esteve presente em todos os fins de semana de grandes prêmios da temporada. Foi o Fittipaldi, em suas muitas versões: FD01, FD02 e FD03. Wilson Fittipaldi e Arturo Merzario foram os pilotos que conduziram o carro – Merzario apenas uma vez, em Monza.


Um carro dourado também fez suas aparições durante o ano. Foi a ‘Hesketh 308’ de Harald Ertl. Mas, Ertl, esteve presente em apenas 3 finais de semana.


Assim, no GP da Alemanha e no GP da Áustria, um carro prateado dividiu a pista com um dourado: Wilson Fittipaldi com o 'FD03' e Ertl em sua ‘308’. E, no GP da Itália, de novo o “embate” prateado x dourado: Merzario – substituindo Wilsinho - no 'FD03' e Ertl na ‘308’.


No entanto, num acidente nos treinos para o GP da Áustria, Wilson Fittipaldi machucou a mão (o que o fez ceder a pilotagem do ‘FD03’ a Merzario, em Monza) e acabou não largando para a corrida em Österreichring.

Dessa forma, o GP da Alemanha foi a 4a e o GP da Itália foi a 5a vez em que, pelo menos 1 carro prateado e 1 carro dourado estiveram competindo juntos.

1976

Carro prateado, apenas a Fittipaldi FD04, de Emerson Fittipaldi e Ingo Hoffmann, em todos os GPs, e uma vez a FD03, com Ingo Hoffmann.


Mas, apareceu outro carro prateado nessa temporada... em apenas um GP. Em Long Beach, o pentacampeão, Juan Manuel Fangio deu as caras e pilotou uma ‘Mercedes-Benz W196’, carro com o qual venceu os títulos de 1954 e 1955. Mas foram apenas voltas de demonstração ou celebração...


O Team Lotus, e sua pintura ‘JPS’, foi acompanhada nessa temporada pela equipe que era de Frank Williams e foi “apropriada” por Walter Wolf. A pintura dos carros desta equipe, os ‘Wolf-Williams FW05’ (como ficaram conhecidos), sugeria que as cores fossem ‘preta & dourada’. Mas, o dourado apareceu penas em detalhes, junto com um amarelo palha...



Outro carro que apresentou detalhes em dourado foi a Surtees TS19. A de Alan Jones, com o patrocínio da ‘Durex’ e a de Brett Lunger, com uma discreta linha dourada do patrocínio da ‘Chesterfield’. O terceiro carro da equipe, de Henri Pescarolo, com patrocínio da ‘Norev’, não mostrou nenhum dourado.


E... dá pra dizer que esse motor Alfa Romeo, que equipava as Brabham BT45, tinha o bloco dourado?


1977

A equipe Fittipaldi despiu-se do prateado para vestir o amarelo que a marcou na história da F1. A Lotus continuou com seu padrão ‘JPS’ de cores: preto & dourado esmaecido... e também na pintura alternativa ‘Imperial International’: vermelho & dourado esmaecido...


O ‘Team Surtees’ manteve o patrocínio da ‘Durex’ em apenas um de seus carros. Vários pilotos passaram por ele. No outro carro da equipe, pilotado peço italiano Vittorio Brambilla, o dourado foi substituído pelo laranjado da ‘Beta Utensili’.


A equipe Wolf traz em seus carros (Wolf WR1, WR2 e WR3) - todos para um piloto apenas: Jody Scheckter - um pouco mais de dourado ao grid da F1...


1978

Bem, a Lotus continuou com seu padrão ‘JPS’ de cores: preto & dourado esmaecido. Assim como a Wolf continuou com os detalhes dourados em seus modelos (WR1, WR3, WR4, WR5 e WR6)... detalhes cada vez menores a partir do modelo WR4...



Até a equipe ‘Theodore Racing Hong Kong’, que usou chassis Wolf WR3 e WR4, manteve algum detalhe dourado nos carros, neste caso, o ‘santantonio’...


Falando em detalhes, a Surtees manteve o detalhe dourado da ‘Durex’ por pouco tempo, apenas nas primeiras 4 etapas. Outro carro que apareceu com um pequeno detalhe dourado, foi a McLaren pilotada por Brett Lunger (M23B e M26) e depois por Nelson Piquet (M23B). O número do carro – 30 e 29 – era dourado.


Apenas a Arrows FA1, depois rebatizada A1, pilotada por Riccardo Patrese e Rolf Stommelen, surgiu completamente dourada.

A Arrows apareceu apenas na 3a etapa, GP do Brasil, e mesmo assim, totalmente branca. Na etapa seguinte, GP da África do Sul, veio com a metade superior dourada e a metade inferior branca. Só a partir da 4a etapa, GP de Long Beach, é que veio a pintura totalmente dourada.


1979

Nessa temporada o Team Lotus adotou o ‘British Racing Green’, com as inscrições em amarelo-palha... ou dourado esmaecido? A Wolf, por sua vez, partiu para o amarelo-palha, definitivamente.



A influência da velha pintura ‘JPS’ do Team Lotus se fez notar em alguns outros carros. Mas, mesmo assim, não dá para afirmar que usaram dourado em suas pinturas – bonitas, diga-se de passagem. A ‘Lotus 79’ privada de Hector Rebaque (já mostrada), a ‘Ensign N177’, de Derek Daly, nas duas primeiras etapas do Mundial, Argentina e Brasil e a ‘Kauhsen WK1’ de Gianfranco Brancatelli, na Espanha e na Bélgica.


De dourado mesmo, apenas a Arrows, com os modelos A1B e A2. Riccardo Patrese e Jochen Mass pilotaram os carros da equipe em todos os GPs. A Arrows, nesse ano, começou tricolor: vermelho, preto e dourado. Depois perdeu o vermelho e ficou apenas preto e dourado e finalmente diminuiu bastante o preto.


O prateado esteve de férias nessa temporada...

5 comentários:

Ron Groo disse...

Mas que post ducaraleo... Caberia na revista Speed como matéria de capa.

Ricardo Pereira disse...

Bah, não sei de onde você tira essas fotos, são demais.
Achei o máximo as fotos da Coopersucar. Quem diria que o Brasil teve uma equipe na F1.
Abraço

Anônimo disse...

André,

apenas uma ligeira correção no texto, onde fala de 1972:

* 1972
Para essa temporada, os detalhes dourados do Team Lotus ficaram bem menores na nova pintura ‘John Player Special’ (JPS), mas fizeram toda a diferença e os carros são sempre referenciados como ‘pretos & dourados’...


No post faltou um pedacinho do texto...


E Ron Groo, a gente pode conversar a respeito...


um abraço,
Renato Breder

André Candreva disse...

Groo,

os posts são de autoria do Renato Breder... mas acredito que ele tem interesse sim... é só manter o contato...

abs...

Juanh disse...

Arrows A1, A1B, A2, Wolf Theodore, Ensign N177, Surtees TS19... cuantas bellezas juntas tuvieron el color dorado en la F1.
Abrazos!
http://juanhracingteam.blogspot.com.ar/