Didier Pironi - AGS JH21C - Sessão de testes no circuito de Paul Ricard/França - 1986
4 comentários:
Anônimo
disse...
essa equipe eu me lembro bem. 86 foi o ano de estreia e usava os motores da italiana Motori Moderni. um fiasco. em 87 até seu fim usou os motores cosworth mas sem grandes resultados. acho que ai em 86 foi o ultimo suspiro do pironi como piloto. Luciano H. Guess
Em 1982 Didier Pironi liderava com certa folga o campeonato de pilotos até o GP da Alemanha, quando um acidente nos treinos, o tira da disputa do campeonato e encerra sua carreira na F1.
Em Hockemheimring, a Ferrari de Pironi se chocou a mais de 240 Km/h na traseira da Renault de Alain Prost no treino livre de Sábado pela manhã, sob chuva. O treino da tarde, que também valia pela qualificação ao GP, teve tempos muito altos de volta, por causa da chuva que continuava, e com isso Pironi conquistou - do hospital! - a pole position para o GP com seu tempo de Sexta-Feira à tarde (1'47.947). Claro, ele não largou para esse GP. Pironi começaria um longo tratamento e sucessivas cirurgias (34 em 4 anos!) para "consertar" ambas as pernas quebradas no acidente.
Quatro anos de repouso e ainda não 100% recuperado (pesava na ocasião 83 kg), Pironi resolve voltar a correr. Primeiro, surge um teste em uma equipe francesa, estreante na F1, a AGS. O teste foi em Agosto de 1986, em Paul Ricard (o acidente fatal de Elio de Angelis havia ocorrido naquela mesma pista apenas algumas semanas antes). A AGS comunicou aos jornalistas presentes que Pironi estava apenas prestando uma cortesia à equipe e, portanto, não disputaria corridas com ela em 1987. Um balde d'água fria...
O carro da AGS no teste, o JH21C, já havia circulado pelas pistas da Fórmula 1 três anos antes com o nome de Renault RE40. Exato. O primeiro AGS de Fórmula 1 era uma releitura do carro que a Renault utilizou na temporada de 1983. Com o pouco dinheiro que a AGS tinha, foi comprado um chassis antigo da Renault (que havia se retirado da F1) e algumas adaptações foram realizadas para adequá-lo ao regulamento de 1986. O carro foi pintado de branco, adesivos da grife italiana El Charro foram aplicados e estava pronto o mais novo Fórmula 1 fait en France.
Pironi queria voltar a competir, mas num carro "que permitisse vencer logo de cara". Além disso, dizia a lenda que Pironi recebeu uma nota preta de apólice de seguro após o acidente de Hockenheim, mas seria obrigado a devolver a grana no caso de um retorno à Fórmula 1. Ou seja, para valer a pena o "prejuízo", ele precisava assinar com uma grande equipe, não a AGS...
Meses depois, em setembro, Pironi teve outra chance de voltar à F1, desta vez por sua ex-equipe, a Ligier. O teste tambem foi na França, mas desta vez em Dijon Prenois. A convite de seu compatriota René Arnoux, Pironi testa e marca bons tempos com a Ligier, mas a limitação ainda o atrapalha; com o andar do teste ele vai sentindo dor e os tempos vão piorando. Pironi ainda não estava pronto para suportar o desgaste de um GP completo.
* teste com a Ligier: ==>> https://terceirotempo.uol.com.br/imagens/39/11/arq_103911.jpg
Como não conseguiu voltar à F1, Pironi parte para - literalmente - outras águas; desta vez vai correr nos barcos do Powerboat. Junto com o navegador Bernard Giroux e o co-piloto Claude Guenard, Pironi disputa o campeonato a bordo do barco chamado "Colibri" equipado com dois V12 de altíssima potência. Pironi já estava se acostumando à "nova profissão" e já não sentia tantas dores, mas novamente um acidente invade sua vida. Em Agosto de 1987, numa prova ao largo da Ilha de Wight, no sul da Inglaterra, o seu barco Colibri, que disputava a ponta com outro barco, virou numa onda causada pelo petroleiro Avon e Pironi e seus companheiros morrem instantaneamente no choque.
4 comentários:
essa equipe eu me lembro bem. 86 foi o ano de estreia e usava os motores da italiana Motori Moderni. um fiasco. em 87 até seu fim usou os motores cosworth mas sem grandes resultados. acho que ai em 86 foi o ultimo suspiro do pironi como piloto. Luciano H. Guess
Pironi tinha tudo para ter sido campeão em 82, mas ficou-lhe muito mal aquela ultrapassagem ao Villeneuve em Imola.
Quanto a essa publicidade de "Charro", aqui em Portugal fica um bocado mal vista.
Abraço
visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/
Em 1982 Didier Pironi liderava com certa folga o campeonato de pilotos até o GP da Alemanha, quando um acidente nos treinos, o tira da disputa do campeonato e encerra sua carreira na F1.
Em Hockemheimring, a Ferrari de Pironi se chocou a mais de 240 Km/h na traseira da Renault de Alain Prost no treino livre de Sábado pela manhã, sob chuva. O treino da tarde, que também valia pela qualificação ao GP, teve tempos muito altos de volta, por causa da chuva que continuava, e com isso Pironi conquistou - do hospital! - a pole position para o GP com seu tempo de Sexta-Feira à tarde (1'47.947). Claro, ele não largou para esse GP. Pironi começaria um longo tratamento e sucessivas cirurgias (34 em 4 anos!) para "consertar" ambas as pernas quebradas no acidente.
Quatro anos de repouso e ainda não 100% recuperado (pesava na ocasião 83 kg), Pironi resolve voltar a correr. Primeiro, surge um teste em uma equipe francesa, estreante na F1, a AGS. O teste foi em Agosto de 1986, em Paul Ricard (o acidente fatal de Elio de Angelis havia ocorrido naquela mesma pista apenas algumas semanas antes). A AGS comunicou aos jornalistas presentes que Pironi estava apenas prestando uma cortesia à equipe e, portanto, não disputaria corridas com ela em 1987. Um balde d'água fria...
O carro da AGS no teste, o JH21C, já havia circulado pelas pistas da Fórmula 1 três anos antes com o nome de Renault RE40. Exato. O primeiro AGS de Fórmula 1 era uma releitura do carro que a Renault utilizou na temporada de 1983. Com o pouco dinheiro que a AGS tinha, foi comprado um chassis antigo da Renault (que havia se retirado da F1) e algumas adaptações foram realizadas para adequá-lo ao regulamento de 1986. O carro foi pintado de branco, adesivos da grife italiana El Charro foram aplicados e estava pronto o mais novo Fórmula 1 fait en France.
Pironi queria voltar a competir, mas num carro "que permitisse vencer logo de cara". Além disso, dizia a lenda que Pironi recebeu uma nota preta de apólice de seguro após o acidente de Hockenheim, mas seria obrigado a devolver a grana no caso de um retorno à Fórmula 1. Ou seja, para valer a pena o "prejuízo", ele precisava assinar com uma grande equipe, não a AGS...
* AGS JH21C:
==>> https://bandverde.files.wordpress.com/2013/07/didierpironi.jpg
Meses depois, em setembro, Pironi teve outra chance de voltar à F1, desta vez por sua ex-equipe, a Ligier. O teste tambem foi na França, mas desta vez em Dijon Prenois. A convite de seu compatriota René Arnoux, Pironi testa e marca bons tempos com a Ligier, mas a limitação ainda o atrapalha; com o andar do teste ele vai sentindo dor e os tempos vão piorando. Pironi ainda não estava pronto para suportar o desgaste de um GP completo.
* teste com a Ligier:
==>> https://terceirotempo.uol.com.br/imagens/39/11/arq_103911.jpg
Como não conseguiu voltar à F1, Pironi parte para - literalmente - outras águas; desta vez vai correr nos barcos do Powerboat. Junto com o navegador Bernard Giroux e o co-piloto Claude Guenard, Pironi disputa o campeonato a bordo do barco chamado "Colibri" equipado com dois V12 de altíssima potência. Pironi já estava se acostumando à "nova profissão" e já não sentia tantas dores, mas novamente um acidente invade sua vida. Em Agosto de 1987, numa prova ao largo da Ilha de Wight, no sul da Inglaterra, o seu barco Colibri, que disputava a ponta com outro barco, virou numa onda causada pelo petroleiro Avon e Pironi e seus companheiros morrem instantaneamente no choque.
* Colibri:
==>> https://terceirotempo.uol.com.br/imagens/39/12/arq_103912.jpg
Um dos muito bons pilotos que não tiveram tempo para mostrar todo seu potencial...
um abraço,
Renato Breder
* Fontes: Mais detalhes aqui...
==>> https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/didier-pironi-5882
==>> https://bandeiraverde.com.br/2013/07/24/as-agruras-da-ags-parte-3/
Em 1982, a ferrari matou Villeneuve e destruiu Pironi, entre maio e agosto. Uma vergonha.
Pironi estava errado, ao não honrar o pacto da equipe, em Imola.
Villeneuve estava alucinado em Zolder e morreu; Mass não ajudou, embora não seja propriamente culpado.
Enfim, uma sequência trágica de erros.
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