Dario Benuzzi testando o Ferrari 126CX na pista particular de Fiorano - Itália - dezembro / 1980
6 comentários:
Anônimo
disse...
fico aqui imaginando como deveria ser dificil testar um f1 num frio desses. Com neve perto da pista. Tudo gelado e escorregadio. Aquecer os pneus e freios deveria demorar bastante. Ou seria apenas um teste para veriificar os fluídos? Luciano H. Guess
Na foto, certamente um motor não-turbo da Ferrari. Esse aí era sobrealimentado ou superalimentado... Esses testes eram para o desenvolvimento de um 'novo-velho' sistema de alimentação forçada para os motores da Ferrari...
O primeiro motor turbinado da Ferrari (para a F1) foi o Tipo 021, utilizado na Ferrari 126C de Gilles Villeneuve, em Ímola, no GP da Itália de 1980, em 14 de Setembro.
Este era o carro reserva para Villeneuve que, na ocasião, usou este carro no treino de qualificação de Sábado à tarde (havia outro na Sexta-feira à tarde) para marcar seu melhor tempo de qualificação (1'35.751). Na corrida, Villeneuve acabou usando a velha e "confiável" 312T5 (nem tanto assim!). Problemas com o chamado "turbo-lag" da 126C (demora na resposta do motor ao acionamento do acelerador). Foi a primeira aparição, em finais de semana de GP, de uma Ferrari turbo, neste caso, um motor bi-turbo KKK (Kuhnle, Kopp und Kausch).
Como o grande problema dos motores turbinados era a demora na resposta ao acionamento do acelerador, a Ferrari buscou uma nova solução, voltando às origens quando, em 1950, estreou no Mundial da FIA com um motor V12 superalimentado (Ferrari 125-F1). Neste novo sistema, a resposta ao acelerador seria bem melhor. Mas, ainda assim, a Ferrari manteve o desenvolvimento do motor bi-turbo KKK.
A Escuderia Ferrari concentrou seus esforços no "universo da superalimentação" no novo sistema da empresa suiça Brown Boveri, o "Comprex". A foto do post é sobre um desses testes. Já no primeiro GP de 1981, o de Long Beach, a Ferrari levou 3 carros: os 2 carros titulares com o sistema "Comprex" (BBC) e o reserva com um turbo KKK instalado nele.
Inicialmente os carros com o BBC foram denominados 126BBC, mas antes dos treinos em Long Beach foram rebatizados 126CX para combinar com 126CK, nome utilizado nos carros com o bi-turbo da KKK. Para a corrida, todos os 3 carros foram alterados para o turbo KKK, após o "Comprex" ter apresentado problemas (pricipalmente na correia de acionamento do sistema).
Na segunda etapa do campeonato - GP do Brasil - o sistema "Comprex" foi abandonado e apenas o KKK foi utilizado. Além dos problemas de confiabilidade do sistema BBC, sua instalação era em uma posição mais elevada que os turbos KKK, o que causava uma piora no acerto do carro.
A Ferrari até deu início ao desenvolvimento de um acionamento hidráulico do superalimentador Comprex, em substituição ao acionamento por correia, mas não foi à frente. Ou seja, a Ferrari resistiu enquanto pôde em utilizar um turbo em seus motores, preferindo um superalimentador. Mas acabou vencida e "turbinando" suas 'macchinas'.
Aqui neste link um bom texto explicativo e com boas fotos contando quase tudo... https://drivetribe.com/p/under-pressure-1980-ferrari-126cx-dZJXLXaARUq__cF9iJMA0w?iid=OETZxv9VRr2IALSHwxKfzA
6 comentários:
fico aqui imaginando como deveria ser dificil testar um f1 num frio desses. Com neve perto da pista. Tudo gelado e escorregadio. Aquecer os pneus e freios deveria demorar bastante. Ou seria apenas um teste para veriificar os fluídos? Luciano H. Guess
Caramba, nunca vi essa foto, nem nada parecido.
É a primeira Ferrari Turbo, que era uma porcaria, em 1980. Foi melhorando, em 1981, para dominar 1982 Matando Villeneuve e destruindo Pironi).
Testes na neve, nunca tinha visto. Dario Benuzzi? Nunca ouvi falar.
"Por Dentro dos Boxes" é cultura!
Esse eu nunca tinha ouvido falar. É mais uma lição aqui.
Grande abraço
visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/
Uau... é uma bela história...
Na foto, certamente um motor não-turbo da Ferrari. Esse aí era sobrealimentado ou superalimentado... Esses testes eram para o desenvolvimento de um 'novo-velho' sistema de alimentação forçada para os motores da Ferrari...
O primeiro motor turbinado da Ferrari (para a F1) foi o Tipo 021, utilizado na Ferrari 126C de Gilles Villeneuve, em Ímola, no GP da Itália de 1980, em 14 de Setembro.
Este era o carro reserva para Villeneuve que, na ocasião, usou este carro no treino de qualificação de Sábado à tarde (havia outro na Sexta-feira à tarde) para marcar seu melhor tempo de qualificação (1'35.751). Na corrida, Villeneuve acabou usando a velha e "confiável" 312T5 (nem tanto assim!). Problemas com o chamado "turbo-lag" da 126C (demora na resposta do motor ao acionamento do acelerador). Foi a primeira aparição, em finais de semana de GP, de uma Ferrari turbo, neste caso, um motor bi-turbo KKK (Kuhnle, Kopp und Kausch).
Como o grande problema dos motores turbinados era a demora na resposta ao acionamento do acelerador, a Ferrari buscou uma nova solução, voltando às origens quando, em 1950, estreou no Mundial da FIA com um motor V12 superalimentado (Ferrari 125-F1). Neste novo sistema, a resposta ao acelerador seria bem melhor. Mas, ainda assim, a Ferrari manteve o desenvolvimento do motor bi-turbo KKK.
A Escuderia Ferrari concentrou seus esforços no "universo da superalimentação" no novo sistema da empresa suiça Brown Boveri, o "Comprex". A foto do post é sobre um desses testes. Já no primeiro GP de 1981, o de Long Beach, a Ferrari levou 3 carros: os 2 carros titulares com o sistema "Comprex" (BBC) e o reserva com um turbo KKK instalado nele.
Inicialmente os carros com o BBC foram denominados 126BBC, mas antes dos treinos em Long Beach foram rebatizados 126CX para combinar com 126CK, nome utilizado nos carros com o bi-turbo da KKK. Para a corrida, todos os 3 carros foram alterados para o turbo KKK, após o "Comprex" ter apresentado problemas (pricipalmente na correia de acionamento do sistema).
Na segunda etapa do campeonato - GP do Brasil - o sistema "Comprex" foi abandonado e apenas o KKK foi utilizado. Além dos problemas de confiabilidade do sistema BBC, sua instalação era em uma posição mais elevada que os turbos KKK, o que causava uma piora no acerto do carro.
A Ferrari até deu início ao desenvolvimento de um acionamento hidráulico do superalimentador Comprex, em substituição ao acionamento por correia, mas não foi à frente. Ou seja, a Ferrari resistiu enquanto pôde em utilizar um turbo em seus motores, preferindo um superalimentador. Mas acabou vencida e "turbinando" suas 'macchinas'.
Aqui neste link um bom texto explicativo e com boas fotos contando quase tudo...
https://drivetribe.com/p/under-pressure-1980-ferrari-126cx-dZJXLXaARUq__cF9iJMA0w?iid=OETZxv9VRr2IALSHwxKfzA
um abraço,
Renato Breder
Ah sim!
Faltou apenas dizer que, na foto do post, Dario Benuzzi está pilotando uma 126CX e não uma 126CK...
outro abraço,
Renato Breder
Amigos,
estamos aprendendo sempre por aqui...
grato a todos pela participação e ao Breder pela aula de hoje...}
e já corrigi a nomenclatura do carro...
abs
Postar um comentário