quinta-feira, 20 de agosto de 2020

#41???

O sueco Ronnie Peterson - Lotus 72E - durante uma sessão de treinos - GP da Inglaterra - circuito de Silverstone - 1973

5 comentários:

Anônimo disse...

Peterson e lótus tiveram grandes momentos mas pelo que entendi vc colocou uma duvida no numero 41? é isso? N~~ao entendi? Luciano H. Guess

André Candreva disse...

Luciano, obrigado pelo comentário.

Mas eu também continuo em dúvida pois na relação de inscritos para essa prova o Ronnie tinha o nº 2. Mas creio que nessa época ainda era comum e permitido pilotos usarem outros numerais nas sessões de treinos.

Grande abraço.

Anônimo disse...

Nos GPs da Grã-Bretanha, nos anos 70, os carros reservas tinham esses números estranhos...

Achei que fosse um número pouco comum na F1... mas o #41 apareceu muitas vezes... Se minhas contas não estão erradas, foram 32 vezes.

A primeira vez foi no GP da Alemanha de 1953, no 'AFM Typ50' de Günther Bechem. Largou em 30o e andou apenas 2 voltas.

A aparição seguinte se deu apenas em 1967, no GP do Canadá de 1967, estampado na Cooper T82 de Tom Jones. O carro era tão lento que foi impedido de largar.

Jackie Stewart usou o #41 por duas vezes. Na primeira vez (Alemanha 1969) foi apenas nos treinos de Sexta-Feira e no Matra MS84, aquele 4x4. Na segunda vez (Grã-Bretanha 1972) Stewart andou no carro reserva, Tyrrell 003, com o número 41 na Quinta-Feira e, depois de renumerado, andou com o #1 na Sexta-Feira e na corrida no Sábado (largou em 4o e terminou em 2o).

Jacky Ickx também usou o #41 em sua Ferrari 312B (carro reserva), no GP da Grã-Bretanha de 1970, mas só nos treinos de Sexta-Feira.

Aí vem a foto do post. No GP da Grã-Bretanha de 1973, Ronnie Peterson pilotou sua Lotus 72E (carro reserva) com o #41 estampado nela nos treinos de Quinta e Sexta-Feira.

Em 1974, mais uma presença em todo o final de semana. No GP da Bélgica de 1974, Tim Schenken pilotou sua Trojan T103 com o #41. Largou em 23o e terminou o GP em 10o. Primeira vez que o #41 "vê" a bandeira quadriculada.

No GP da Grã-Bretanha de 1976, Brian McGuire e sua Williams FW04 (#41) constavam na lista de excedentes para o final de semana. McGuire foi impedido de tomar parte nas atividades daquele final de semana. De forma semelhante, Otto Stuppacher e sua Tyrrell 007 (#41) tiveram sua inscrição recusada no GP da Áustria de 1976.

No GP da Itália de 1977, Loris Kessel e sua 'Apollon Fly' (uma Williams FW03 modificada) com o #41 marcaram apenas o 33o tempo na qualificação, não avançando para a corrida de domingo.

Em 1980 a Ensign usava o número 14 em seu carro (Clay Regazzoni, Tiff Needell e Jan Lammers). Como o número 15 era da Renault e o número 13 é um tabu na F1, em 2 GPs daquele ano, quando a Ensign inscreveu um segundo carro, a equipe optou pelo número 41. assim, Geoff Lees pilotou este carro (Ensign N180) nos GPs da Holanda e Itália de 1980. Em Zandvoort ele largou em 24o e abandonou após uma colisão com Vittorio Brambilla. Em Ímola, Lees não se qualificou para a corrida (28o tempo num grid de 24 carros).

A próxima aparição do número 41 se deu na temporada de 1989. A profusão de equipes, carros e pilotos fez com que a AGS adotasse os números 40 e 41 em seus carros. Durante toda a temporada, o #41 não passou da pré-qualificação. Pilotaram esse segundo carro da AGS, Joachim Winkelhock (7 GPs a bordo de um JH23B) e Yannick Dalmas (3 GPs a bordo de um JH23B e 6 a bordo de um JH24).

Com a diminuição de inscrições para os GPs nos anos que se seguiram, o #41 sumiu, até que a partir de 2014 a numeração de cada carro passou a ser escolhida pelo piloto. A chance do '41' voltar passou a existir. No entanto, isso aconteceu apenas 4 vezes (como escolha da equipe!) e todas elas no primeiro treino livre de Sexta-Feira. Susie Wolff (Susie Stoddart antes de se casar com Toto Wolff) pilotou duas vezes em 2014 (Grã-Bretanha e Alemanha) e duas vezes em 2015 (Espanha e Grã-Bretanha).


No final das contas apenas 4 GP disputados "pelo #41", sendo que em um deles o carro foi renumerado como '#1'.


um abraço,
Renato Breder

André Candreva disse...

Breder,

fantástico como sempre. Enriquecedor...

Grato por mais essa aula

abs...

Paulo Moreira disse...

Um numero que um dia destes, provavelmente, vai voltar a aparecer na F1, pois cada piloto escolhe o que bem entender.

Abraço

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