por Livio Oricchio
Desde que a Fórmula 1 começou a ser disputada, em 1950, ontem foi a 25ª vez que o título acabou definido na etapa final do campeonato. Não como ontem, mas em outras edições do Mundial também as emoções foram fortes. Em 1956, o inglês Peter Collins, da Ferrari, parou e cedeu seu carro para o argentino Juan Manuel Fangio, que tivera problemas no GP da Itália. Fangio assumiu a Ferrari, durante a corrida – era permitido – recebeu a bandeirada em terceiro e acabou campeão. O inglês Stirling Moss, da Maserati, ganhou a corrida mas foi vice.
Em 1958, o inglês Mike Hawthorn, da Ferrari, conquistou o título porque seu companheiro, o norte-americano Phil Hill, o deixou passar na última volta para ser segundo e de novo Moss, da Vanwall, ser segundo no Mundial. O escocês voador chorou no dia 25 de outubro de 1964, na cidade do México. Liderou a prova com sua Lotus até a última volta. De repente o motor Climax quebrou. Clark seria campeão do mundo pela segunda vez. Com o abandono, Lorenzo Bandini permitiu ao companheiro de Ferrari, John Surtis, ultrapassá-lo para ser segundo e campeão do mundo.
Ainda esta viva na mente de muitos fãs da Fórmula 1 o GP do Japão de 1976. James Hunt, da McLaren, precisava do terceiro lugar para tirar de Niki Lauda, Ferrari, o título. O inglês demorou para trocar os pneus de pista molhada para os de asfalto seco e caiu para o quinto lugar. Na última volta, Hunt ganhou as posições de Alan Jones, da Surtees, e de Clay Regazzoni, Ferrari, chegou na terceira colocação e celebrou a conquista.
No GP da Austrália de 1986, Nigel Mansell, da Williams, ocupava o terceiro lugar, em Adelaide. Era o suficiente para ser campeão pela primeira vez. Na etapa anterior, a Pirelli forneceu um pneu para a Benetton que dava autonomia ao piloto terminar a corrida sem substituição e Gerhard Berger, da equipe italiana, venceu. A etapa de Adelaide era a seguinte. A Goodyear então fez um pneu que, supostamente, permitiria o mesmo a seus pilotos.
Não deu certo: o pneu traseiro esquerdo de Mansell explodiu na reta. A Williams precisou chamar Nelson Piquet, líder, para os boxes, para não acontecer o mesmo e, assim, perdeu a chance de ser campeão. Alain Prost, da McLaren, que vinha atrás, foi primeiro e comemorou o bicampeonato.
Ano passado, no Brasil também, Lewis Hamilton, da McLaren, se fosse quinto, ficaria com o título. Acabou em sétimo e, com a vitória, Kimi Raikkonen, da Ferrari, sete pontos atrás antes da largada, fez a festa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário